(67) 99634-2150 |
Bela Vista-MS Sábado, 19 de Abril de 2025

A história do Botafogo, um dos principais clubes do futebol brasileiro, ganhou um capítulo especial neste dia 30 de novembro de 2024. O Fogão, neste sábado, venceu o Atlético-MG por 3 a 1, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina, e ganhou a Copa Libertadores pela primeira vez. E de forma heroica. O clube carioca jogou praticamente toda a final com um jogador a menos. Gregore foi expulso com 30 segundos de partida. Entretanto, o Botafogo soube se defender e foi cirúrgico no ataque.

Com nomes como Heleno de Freitas, Nilton Santos, Didi, Garrincha, Amarildo, Manga, Gerson, Jairzinho, entre outros, o Botafogo ajudou a construir a história do futebol brasileiro e levou o futebol do país mundo afora. E agora, na Argentina, o Fogão escreveu uma página gloriosa e carimbou um novo momento do clube.

Em 2022, o rumo do Botafogo mudou com a chegada de John Textor, iniciando a era da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). O Fogão, um pouco mais de dois anos depois, conquista a glória eterna. A Libertadores também tem um gostinho especial por enterrar de vez a dura decepção do ano passado, quando o clube carioca colapsou na reta final do Campeonato Brasileiro e viu o título escapar.

O Botafogo virou a página, reforçou o futebol com nomes de peso, mostrou um futebol consistente ao longo do ano e fez história neste sábado. E quer mais. O Alvinegro carioca está na liderança do Campeonato Brasileiro e agora vai buscar a glória nacional. Além disso, carimbou o passaporte para a Copa Intercontinental e para o Mundial de Clubes de 2025.

A história do título da Libertadores do Botafogo tem diversos personagens. Na fase preliminar, Júnior Santos brilhou intensamente. Por sinal, ele terminou a competição como artilheiro, com dez gols, fechando a final deste sábado. O Fogão ficou pressionado na fase de grupos – perdeu os dois primeiros jogos -, mas respondeu com três vitórias seguidas e avançou para o mata-mata.

Leia  Operário encara o Cianorte fora de casa na estreia da Série D

Igor Jesus, Luiz Henrique e Savarino brilharam contra o Palmeiras, nas oitavas de final. Na sequência, John foi decisivo na classificação nos pênaltis no duelo com o São Paulo. O baile sobre o Peñarol, aquele 5 a 0 sobre o clube paraguaio, no jogo de ida da semifinal, no Nilton Santos, foi um recado e um sinal de que o ano seria especial. O dia 30 de novembro de 2024 não vai sair da memória do torcedor.

O Botafogo também teve um protagonista à beira do gramado. O técnico português Artur Jorge construiu um time sólido, com uma proposta de jogo bem definida e soube travar o Atlético-MG com uma linha de cinco homens na defesa. É o comandante de um título histórico.

O jogo

A final começou com expulsão. Em disputa de bola no meio de campo, Gregore levantou o pé e acertou Fausto Vera, que se abaixou na tentativa de cabecear. O volante do Botafogo levou o cartão vermelho diretamente aos 30 segundos. Vera teve um sangramento perto da orelha e na cabeça.

Com um jogador a menos, o Botafogo recuou e fez uma linha defensiva com cinco homens. O Atlético-MG obrigou John a trabalhar aos oito minutos. Hulk arriscou de fora da área. O goleiro do Botafogo espalmou. Aos dez, John defendeu com segurança finalização de Hulk pela direita.

Aos 23, após cruzamento da esquerda, Deyverson finalizou e errou o alvo, mas levou perigo. O Fogão conseguiu segurar as investidas do rival e deu o bote aos 34 minutos. O clube carioca desceu pela esquerda, com Luiz Henrique. Marlon Freitas finalizou e a bola, no rebote, sobrou para Luiz Henrique. Ele finalizou e abriu o placar no Monumental de Núñez: 1 a 0.

O Botafogo se encheu de moral. Luiz Henrique chegou antes de Arana e Everson e foi derrubado na área. O árbitro Facundo Tello (ARG), contudo, nada marcou. O VAR, comandado por Mauro Vigliano (ARG), entrou em ação e recomendou a revisão de um lance. Facundo, então, marcou pênalti. Alex Telles cobrou e fez 2 a 0 para o Fogão. Pela forma como se iniciou, o Botafogo conseguiu um placar dos sonhos na primeira etapa.

Leia  João Pedro Firmino, jovem atleta do Sprint Social, conquista duas medalhas de prata em competição na Sérvia

Gabriel Milito fez três mudanças no intervalo. O técnico argentino colocou Mariano, Bernard e Vargas. Saíram Lyanco, Scarpa e Vera. Uma troca deu certo praticamente imediatamente. Hulk cobrou escanteio e Vargas cabeceou sem chances para John, no primeiro minuto da etapa final: gol do Atlético-MG.

Aos sete, Hulk cruzou da direita e achou Deyverson. Ele cabeceou para fora, com perigo. No minuto seguinte, Adryelson foi providencial e bloqueou finalização de Deyverson. O Galo ficou na bronca com a arbitragem. Deyverson se antecipou a Marlon Freitas, que afastou o perigo em dividida e choque com o rival. O Atlético-MG pediu pênalti, mas o árbitro não deu e nem tampouco o VAR recomendou revisão.

Artur Jorge fez as primeiras mudanças no Botafogo aos 11 minutos. Ele colocou Marçal e Danilo Barbosa. Saíram Alex Telles e Savarino. Aos 18, Hulk obrigou John a fazer uma importante defesa. Ele finalizou da entrada da área. O goleiro espalmou.

Aos 33, Artur Jorge colocou Matheus Martins e Júnior Santos. Saíram Luiz Henrique e Thiago Almada. Aos 40, Vargas foi lançado na área e ficou cara a cara com John, mas mandou por cima. O atacante teve outra chance de ouro aos 43 minutos. Adryelson falhou e Vargas ficou na boa, mas tentou encobrir John e errou o alvo.

O Botafogo deu o golpe da misericórdia, Júnior Santos, aos 51 minutos, fez grande jogada pela direita e cruzou. A zaga cortou, mas a bola sobrou para Júnior Santos. Ele fez 3 a 1. O Fogão fez história e conquistou a Libertadores.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 1 X 3 BOTAFOGO

Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires (ARG)
Data: 30 de novembro de 2024, sábado
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailovsky (ARG) e Gabriel Chade (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)

Leia  Fatimassulense Fábio Marambaia quebra seu próprio recorde pedalando 400km em 12 horas

GOLS: Luiz Henrique, aos 34′ do 1ºT, Alex Telles, aos 43′ do 1ºT, e Júnior Santos, aos 51′ do 2ºT (Botafogo) / Vargas, com 1′ do 2ºT (Atlético-MG)

Cartões amarelos: Battaglia, Lyanco, Fausto Vera e Hulk (Atlético-MG) / Alex Telles, Thiago Almada, Igor Jesus e Vitinho (Botafogo)
Cartão vermelho: Gregore (Botafogo)

ATLÉTICO-MG: Everson; Lyanco (Mariano), Battaglia, Alonso e Guilherme Arana; Alan Franco (Vargas), Fausto Vera e Gustavo Scarpa (Bernard); Paulinho, Hulk e Deyverson (Alan Kardec).
Técnico: Gabriel Milito

BOTAFOGO: John; Vitinho, Adryelson, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Marlon Freitas, Gregore e Thiago Almada (Júnior Santos); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino (Danilo Barbosa) e Igor Jesus (Allan).
Técnico: Artur Jorge

Fonte: Gazeta Esportiva – Foto: Juan Mabromata – AFP