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Bela Vista-MS Terça-Feira, 29 de Abril de 2025

Umas das quatro basílicas papais em Roma, a Igreja de Santa Maria Maior, templo no qual o Papa Francisco foi sepultado é local sagrado para os católicos.  Nela, encontram-se relíquias de profundo significado, como a relíquia Menino Jesus que supostamente contém um pedaço da manjedoura onde Jesus nasceu, símbolo importante da encarnação.

Esta basílica, situada no alto do Monte Esquilino, tem 16 séculos de história e a sua origem é atribuída a um ato milagroso: segundo a tradição, a Virgem Maria indicou e inspirou a construção do edifício, aparecendo em sonhos ao patrício João e ao Papa Libério (séc. IV).

O local foi identificado pelo chamado “milagre da neve”, segundo o qual, no dia 5 de Agosto de 358 nevou em pleno verão no Esquilino, uma das sete colinas de Roma. O Concílio de Éfeso (431) viria a declarar a Virgem como Mãe de Deus e o Papa Sisto III (432-440) mandou reedificar a Basílica, a primeira do Ocidente construída em honra de Maria.

De acordo com a história da fundação, a Virgem Maria apareceu em sonho ao patrício João e ao Papa Libério, exortando-os a construírem uma igreja a ela dedicada no local exato onde cairia neve. Na manhã de 5 de agosto de 358, em pleno verão, viram o perímetro traçado pela neve no monte do Esquilino, o mais alto dos montes romanos. Ainda hoje, a milagrosa queda de neve é comemorada com pétalas brancas que, durante a liturgia, caem do teto da basílica. A tradição enobrece Santa Maria Maior como uma relíquia mariana, desejada e projetada pela própria Mãe de Deus.

Santuário Mariano mais importante do Ocidente

A Igreja também resguarda a imagem de Nossa Senhora Salus Populi Romani, famoso ícone mariano, que representa Nossa Senhora, é uma relíquia venerada na basílica e considerada um símbolo de proteção para a cidade de Roma. A tradição atribui a imagem a São Lucas, evangelista e padroeiro dos pintores. É em frente à essa imagem que o Papa Francisco rezava  antes e depois de suas 47 viagens apostólicas de seu pontificado, como na foto abaixo. 

A basílica papal de Santa Maria Maior é o santuário mariano mais importante e mais antigo do Ocidente, e é a única das basílicas papais que manteve intacto o seu aspeto cristão primitivo. Enriquecendo-o com acréscimos posteriores, todas as intervenções respeitaram o plano original que, tradicionalmente, era considerado fruto de um desígnio divino.

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História, relíquias e Papas

A relíquia do Sagrado Berço, a manjedoura em que foi colocado o menino Jesus, recorda a importância de Santa Maria Maior como a Belém do Ocidente. Aqui, pela primeira vez, se celebrou a missa na noite de Natal e durante séculos os Papas iam à Basílica mantendo este costume.

Entre as relíquias mais importantes, a basílica abriga os restos mortais de São Matias e São Gerônimo. Em Santa Maria Maior, o Papa Adriano II acolheu os Santos Cirilo e Metódio em 867 e aprovou o uso do eslavo antigo na liturgia. Sete papas estão sepultados na Basílica de Santa Maria Maior (Honório III – papado entre 1216 e 1227, Nicolau IV – papado entre 1288 e 1292, Pio V – papado entre 1566 e 1572, Sixto V – papado entre 1585 e 1590, Clemente VIII – papado entre 1592 e 1605 e Paulo V – papado entre 1605 e 1621).

Túmulo do Papa Francisco

A Sala de Imprensa informou que o túmulo do Papa Francisco, talhado pedra ardósia, a pedra “do povo”, foi feito com materiais da Ligúria, terra dos avós de Francisco, com apenas a inscrição “Franciscus” e a reprodução de sua cruz peitoral. Preparado no nicho da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da Basílica Liberiana, o túmulo está localizado perto do Altar de São Francisco. Um detalhe já antecipado pelo arcipreste coadjutor de Santa Maria Maior, cardeal Rolandas Makrickas, em entrevista à TV: o Papa Francisco expressou seu desejo de ser sepultado num túmulo feito com “pedra da Ligúria, que é a terra de seus avós”.

Fonte: www.iubilaeum2025.va