Simone Tebet encoraja margaridas a denunciar violência contra as mulheres
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), presidente da Comissão de Combate à Violência contra a Mulher, encorajou as margaridas a denunciarem a violência doméstica e familiar. A senadora sul-mato-grossense iniciou seu discurso na Sessão solene do Congresso em homenagem à 5ª Marcha das Margaridas, nesta quarta-feira (12), no Plenário do Senado, com a frase da líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Simone disse que a voz de Margarida Alves, símbolo da luta de milhares de trabalhadoras rurais, continua ecoando. “Tentou-se calar a voz de uma mulher que defendia os direitos da mulher do campo e não conseguiram”, disse.
Simone defende mais educação para combater a violência
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) citou dados da pesquisa sobre violência doméstica e familiar do DataSenado, divulgados nesta terça-feira, em evento na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros, da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e do ministro da Saúde, Arthur Chioro, entre outras autoridades, parlamentares e representantes do movimento feminino.
Simone reforçou a importância da educação na vida das mulheres como arma para interromper o ciclo de violência.
“Quanto menor o grau de instrução da mulher maior é a submissão à violência. 27% das vítimas tem o ensino fundamental e 12% de nível superior. Esse dado revela que a educação liberta, rompe o ciclo de dependência da mulher, faz com que ela possa pegar seus filhos e ter uma nova vida”, interpretou Simone.
A senadora ainda lamentou que 20% das mulheres são agredidas em seus lares, a maioria pelos próprios companheiros e que uma em cada quatro, sofre, sofrerá ou já sofreu violência.
“Não tenham medo de denunciar casos de vizinhas, amigas, conhecidas. Estamos aqui na Comissão de Combate à violência contra a mulher para acompanhar de perto esses crimes”.
Divisor de águas
A senadora Simone Tebet também disse que a Lei Maria da Penha representou um divisor de águas para as mulheres. “Essa Lei diz que todas as mulheres têm indistintamente o direito imprescindível e inalienável de viver sem violência”, disse.
Assessoria de imprensa